quinta-feira, 31 de agosto de 2017

EMPORIO ARMANI CAFFÈ & RISTORANTE

A experiência: 11 de maio de 2017, noite de comemoração, pois era aniversário de meu companheiro. Ele deixou eu escolher o restaurante para o jantar. Tivemos um dia intenso e estávamos cansados. Propus irmos a um local próximo ao hotel, que desse para ir caminhando. Ele aceitou. Já tinha em mente o Emporio Armani Caffè. Caía uma chuva fininha, mas que não incomodava. Chegamos sem reservas, por volta de 21 horas de uma quinta-feira. Apenas duas mesas estavam ocupadas. Fomos muito bem atendidos na porta, quando o recepcionista nos indicou o salão, dizendo que podíamos escolher a mesa que quiséssemos. Ficamos em uma mesa redonda no meio do salão, o que nos permitia ver toda a movimentação, tanto dos garçons, quanto dos clientes. A decoração é sóbria, moderna e elegante, como eu já esperava, pois trata-se de um produto Armani. Tínhamos a ideia de beber vinho, mas ao receber a carta de drinques, lembrei que o café era famoso por suas variedades de spritz. Trocamos o vinho por este drinque. Eu escolhi o clássico Spritz Aperol (€ 13), enquanto meu companheiro experimentou o que leva o nome da casa, o Spritz Armani (€ 13), que tem em sua composição um chá de frutas vermelhas. Não tardou a chegar à mesa dois drinques com belo visual. O meu estava muito bom. Para acompanhar os drinques, dividimos uma garrafa de 750 ml  de água mineral com gás Armani (€ 8), cujo gás é fino e não agressivo no paladar. O menu tem forte influência da culinária italiana, mas com um pé na culinária francesa. Pedi de entrada um ovo pochê com aspargos brancos e purê de ervilha (€ 21), enquanto o meu companheiro preferiu um clássico italiano, a burratina (€ 19). Minha entrada tinha um belo visual, colorido, e bem servido. No entanto, carecia de sabor. Os aspargos brancos se não bem trabalhados ficam insossos, o que ocorreu. O purê de ervilhas era em grande quantidade, o que fez seu gosto predominar no paladar, ainda que com um sabor bem fraquinho. Faltava tempero. Somente o ovo estava a meu gosto, especialmente com o tempero à base de flor de sal que estava por cima de sua gema. Assim que terminamos as entradas, nos perguntaram se poderiam servir os pratos principais. Com resposta afirmativa, não esperamos nem dez minutos. Meu prato era um ossobuco com arroz de açafrão (€ 36). Quando o prato chegou, senti o cheiro de espinafre no ar. Meu prato tinha como acompanhamento, e bem farto, uma porção de espinafre refogado. Se tem uma verdura que não suporto engolir é o tal do espinafre. Ainda bem que ele não estava misturado em nada, o que me permitiu separá-lo no canto do prato. Achei uma falha não constar esta informação no cardápio. Quanto ao arroz, adorei a forma em que foi apresentado, em forma de cilindro, totalmente selado. Achei a carne sem cor, mas estava bem feita. O tutano era abundante nos dois pedaços de osso que vieram no prato. O prato de meu companheiro foi um fritto misto - peixe, lula, camarão e abobrinha frita (€ 33). Como tanto a entrada quanto o prato principal eram bem servidos e já sendo tarde da noite, decidimos não pedir sobremesa, indo direto para o café espresso da marca italiana illy (€ 4). Xícara servida sem mimo nenhum. O jantar foi proveitoso, mas confesso que esperava muito mais do Emporio Armani Caffè.
Restaurante: Emporio Armani Caffè & Ristorante
Endereço: 149 Boulevard Saint-Germain, Paris, França.
Fone: +33 1 45 48 62 15
Web: http://armanirestaurants.com/paris-emporio-armani-caffe
Data: 11/05/2017, quinta-feira, jantar.
Valor total da conta: € 156, para duas pessoas, incluída a gorjeta, que, no caso, foi paga em dinheiro, enquanto o restante da conta teve o pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 6.

5 JOTAS - GALERIES LAFAYETTE GOURMET

A experiência: o que fazer na quinta-feira, 11 de maio de 2017, foi definida por meu companheiro, que comemorava seu aniversário. Foi um dia intenso, com visitas a museu, caminhadas sem rumo certo pelas ruas de Paris, compras, especialmente às ligadas à culinária, sua paixão e profissão. Nem vimos o tempo passar. Quando nos demos conta, já era final de tarde. Entramos na loja de departamentos Galeries Lafayette para comer algo, mas queríamos visitar a parte gourmet. Era em outro prédio, exclusivo para este nicho, com cinco andares. No subsolo, onde fomos primeiro, está um maravilhoso supermercado. No térreo ficam as opções de comida rápida. Nossa escolha recaiu em um quiosque sem mesas, apenas com bancos altos ao longo do balcão em forma retangular. Os presuntos pendurados não deixaram dúvidas de que se tratava de um bar de tapas, com iguarias típicas da culinária espanhola, cuja especialidade não era outra senão os presuntos ibéricos. Cardápio enxuto, mas com pratos de salivar a boca de qualquer pessoa. Adoro a culinária espanhola. Começamos compartilhando um combinado chamado combo essence (€ 32). Para beber, eu quis uma garrafa de 500 ml de água mineral com gás da marca Badoit (€ 4). A montagem de nossa entrada foi bem rápida, pois eram só itens frios. Foi servida em uma pedra parecida com nossa ardósia. Três tipos de presunto - ibérico, de ombro e bollota - vieram fatiados e acompanhados por um cesto de pão, um pote com batatas amassadas com azeite, e outro com molho ralo de tomate. O sabor salgado dos presuntos foi amenizado pelo tomate. Muito bom. Também pedimos para dividir uma porção de croquetes (€ 12). Servidas em um mini cesto de fritar, estavam sequinhos, com casca dourada e crocante. Massa de batata com presunto da casa. São apenas cinco unidades. Ficou aquele gostinho de quero mais no ar, mas como já passavam das 18 horas e tínhamos combinado um jantar, preferimos parar por ali. Ótima opção para quem quer uma parada estratégica em intervalo de compras sem sair de um dos templos do consumo francês, Galeries Lafayette.
Restaurante: 5 Jotas
Endereço: 48 Boulevard Haussmann, Galeries Lafayette Gourmet, térreo, Paris, França.
Data: 11/05/2017, quinta-feira, almoço.
Valor total da conta: € 52,50, para duas pessoas. Pagamento com dinheiro.
Minha nota: 8.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

BISTROT CHEZ RÉMY

A experiência: quarta-feira, 10 de maio de 2017, dia lindo em Paris, sem previsão de chuvas. Resolvemos passar o dia na Disneyland Paris, onde almoçamos. São muitas opções para comer, grande parte delas de fast food. Depois de passar pelo divertido brinquedo inspirado no desenho animado Ratatouille, cuja saída é propositalmente dentro de um restaurante, e estando com fome, não tivemos dúvidas em pedir uma mesa para dois. Fizeram a pergunta de praxe dos restaurantes localizados dentro de parques da Disney, ou seja, se tínhamos reserva. Sem reservas, mas imediatamente acomodados. A decoração remete ao desenho. Parece que estamos dentro da história animada. Até alguns garçons estavam caraterizados. O ratatouille era item onipresente, pois em todos os pratos e menus do cardápio ele estava presente. Escolhemos o Émile Menu (€ 39,99), que consiste em entrada, prato principal e sobremesa. Havia uma única opção de salada, três de prato principal, sendo um deles vegetariano; e seis de sobremesa. Para beber, pedi uma Coca Cola Zero, lata de 330 ml (€ 4,79). O atendimento foi rápido e bem eficiente. Nossos pratos logo chegaram à mesa, com bonita apresentação. Primeiro chegou a salada, servida em um bowl de porcelana branca, tendo um mix de folhas, queijo, coração de alcachofra, tomate seco e beterraba crua ralada. Tirei o tomate seco, pois não sou fã, e comi tudo sem colocar molho. Estava fresca e saborosa, especialmente por causa do queijo e da alcachofra. Assim que terminamos a entrada, foi o tempo de retirar o vasilhame usado para chegar o prato de fundo, um contrafilé grelhado, que pedi ao ponto, com molho de mostarda e estragão, servido à parte, acompanhado por um potinho de ratatouille e batatas fritas. O ratatouille foi o ponto alto do prato, pois estava bem saboroso, com os seus ingredientes consistentes e bem temperados. A carne estava com uma crosta muito escura, sinal de que passou demais do ponto que pedi. Realmente estava seca por fora, mas ao partir, largou aquele suco, sendo seu interior bem macio. O molho ajudou a amenizar a secura da capinha do contrafilé e potencializou o seu sabor. As batatas estavam corretas. Em seguida, foi a vez da sobremesa. No meu caso, uma taça de tiramisù, que veio com um biscoito alusivo aos 25 anos da Disneyland Paris. Sobremesa sofrível, deixei quase tudo na taça. Mas foi boa a experiência no restaurante, pois almoçamos em um ambiente confortável, de decoração divertida e pudemos descansar um pouco.
Restaurante: Bistrot Chez Rémy
Endereço: Disneyland Paris, Marne-la-Valle, França.
Fone: +33 8 25 30 05 00
Web: http://idf.disneylandparis.fr/restaurants/parc-walt-disney-studios/bistrot-chez-remy/
Data: 10/05/2017, quarta-feira, almoço.
Valor total da conta: € 89,56, para duas pessoas. Pagamento com Visa Travel Money.
Minha nota: 6.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

CAFÉ CAMPANA

A experiência: a terça-feira, dia 09 de maio, foi dedicada ao Musée D'Orsay, meu museu favorito em Paris. Depois de percorrer seus andares e galerias, resolvemos almoçar por lá mesmo. Escolhemos o Café Campana. É um café-bistrô localizado no quinto andar do museu, decorado em sua última reforma pelos arquitetos de interiores brasileiros, os irmãos Campana. Eles conseguiram aliar modernidade e cor, sem deixar de conversar com a arquitetura do prédio, especialmente com a parte de trás do enorme relógio que enfeita a fachada do edifício. Tal relógio, a primeira vista, aprece que vai sufocar o ambiente, mas depois se percebe que a decoração com muitas curvas garante um clima agradável. Laranja predomina nos biombos de ferro, o azul pastel nas cadeiras e o cobre nas luminárias. O cardápio é próprio para quem faz do café uma breve pausa para continuar a apreciar as obras do museu. É enxuto, com pratos que são de rápida execução. Não mais que vinte opções, entre saladas e pratos quentes. Pedi salade façon Caesar (€ 16). A famosa salada Caesar, aqui servida em um bowl com salada de folhas verdes, tiras de peito de frango grelhado, ovo cozido em fatias, lascas de queijo parmesão, molho Caesar e croutons. Estava mais fria do que deveria. O molho era excessivo, mas, pelo menos, era homogêneo, embora seus ingredientes eram claramente perceptíveis no paladar: limão, maionese, creme de leite fresco e um pouco de mostarda. Era bem servida. No entanto, no todo, deixou a desejar. Decoração e localização são os pontos fortes deste café. A comida é apenas digna, sem nada que você saia dizendo "uau"! Durante a refeição, bebi um copo de 400 ml de Fanta Laranja (€ 5,40).
Restaurante: Café Campana
Endereço: 1 Rue de La Légion d'Honneur, 5eme étage, Musée D'Orsay Paris, França.
Fone: +33 1 45 49 42 33
Web: http://www.musee-orsay.fr/en/visit/services/restaurants.html
Data: 09/05/2017, terça-feira, almoço.
Valor total da conta: € 42,80, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento com Visa Travel Money.
Minha nota: 5.

LES BOUQUINISTES

A experiência: meu companheiro me presenteou com o Guide Michelin 2017 de Paris. No final da tarde da segunda-feira, dia 08 de maio, já no hotel após um dia intenso de caminhada pelas ruas parisienses, pesquisei os restaurantes que ficavam perto que estavam no guia. Li as resenhas de cada um. Alguns não funcionavam nas segundas-feiras. Gostei do que li sobre o Les Bouquinistes. Liguei para confirmar horário de funcionamento e fazer uma reserva, mas já eram mais de 20:30 horas. Não faziam mais reservas para aquela noite. Disseram que o restaurante estava lotado, mas que poderíamos ir e esperar um pouco, já que não havia fila de espera. Assim o fizemos. Fomos a pé, uma caminhada de uns quinze minutos. O restaurante fica em uma esquina, com entrada de frente para o Rio Sena. Fomos recebidos na porta por um simpático garçom, que logo nos acomodou em uma pequena mesa, à esquerda de quem entra. Recebemos, de imediato, o cardápio. A mesa ficava muito próxima à porta. Toda vez que alguém entrava ou saía, um vento frio nos atingia. Pedimos para trocar, pois havia uma outra mesa para dois vazia no mesmo salão, mas sem receber o vento que vinha da porta. Também fomos prontamente atendidos. O restaurante é do premiado e estrelado chef Guy Savoy, que assina o cardápio. A execução cabe ao chef Stéphane Perraud. A noite pedia um vinho. Pedimos indicação com excelente custo x benefício, o tinto Domaine Maratray-Dubreuil, com origem na região da Bourgogne, safra 2014, feito com a casta pinot noir (€ 42). Vinho leve, que harmonizou muito bem com a entrada e não fez feio com o prato principal. Para acompanhar, uma boa água mineral com gás local, a Chateldon (€ 7, garrafa de 750 ml). O cardápio varia conforme a estação, por isso, não é muito extenso. Eram oito opções de entradas, oito opções de pratos principais e sete de sobremesa. Há os menus combinados, as chamadas "formule" pelos restaurantes franceses, tanto para o almoço quanto para o jantar. Em ambos os casos, as escolhas são feitas dentro do cardápio. Por fim, há também o menu degustação, que custava € 78, sem bebidas, com um serviço em seis etapas, mas só é servido se todos da mesa o escolham. Decidimos escolher no cardápio, sem combinações. Para entrada, asperges verte à l'oeuf parfait, sauce lauris (€ 16). Aspargos verdes, frescos, cozidos em ponto crocante. O melhor era o ovo, com a gema mole, com uma tonalidade de amarelo forte. O molho lauris, uma mistura de páprica e maionese, deu uma levantada no sabor desta entrada. Depois, o prato principal, que foi thon grillé aux épices, risotto aus petit pois (€ 28). Prato com bonito visual e bem servido. Seis pedaços portentosos de atum grelhado no ponto correto, apenas selado por fora e bem rosado por dentro. O peixe foi servido com um molho de especiarias que também foi usado para ser grelhado. Sabor que me lembrou a comida árabe, com leve adocicado da canela. O acompanhamento foi um risoto de ervilhas, cujo arroz estava no ponto que gosto, cozido até a quebra do amido, ainda crocante na boca. Por cima do arroz, uma touille de queijo parmesão que deu o toque salgado que o prato pedia. Explosão de sabores no paladar. Terminei o jantar dividindo uma sobremesa com meu companheiro. Pedimos île flottante à la noisette (€  9). Prato também bem servido. Tradicional sobremesa francesa à base de clara de ovos, aqui teve amêndoas como diferencial. Estava muito bom. Gostamos muito do nosso jantar.
Restaurante: Les Bouquinistes
Endereço: 53 Quai des Grands Augustin, Paris, França.
Fone: +33 1 43 25 45 94
Web: http://www.lesbouquinistes.com/
Data: 08/05/2017, segunda-feira, jantar.
Valor total da conta: € 151, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento com o cartão Visa Travel Money.
Minha nota: 8.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

CUISINE & CONFIDENCES

A experiência: saímos do Musée du Louvre com fome. Embora haja uma boa praça de alimentação no museu, preferimos sair para comer em lugar mais tranquilo. Andamos sem rumo pelo 1er arrondissement e demos de cara com um restaurante agradável, frequentado por franceses, moderno, com muitas mesas na parte externa. Foi ali que nos instalamos. A carta é enxuta, trazendo clássicos da culinária francesa, mas também com opções de pratos italianos, especialmente as massas. Pedi um suco de laranja feito na hora, chamado pelos franceses de orange pressée (€ 4,90). Como espremem em uma máquina, não descascam a laranja, motivo pelo qual o sabor de sumo é sentido no suco. Mas estava gostoso e fresquinho. Para comer, escolhi o que queria desde que cheguei na cidade: foie gras. Não a peça inteira, mas em forma de patê. O prato está na seção "egoiste" do menu e chama-se pot de foie gras (125 gramas), toasts et salade (€ 27). O serviço foi rápido. Logo estava à minha frente um prato de porcelana branca retangular onde foram servidas duas fatias de pão de forma torrado, apresentados em quatro pedaços em forma de triângulo, salada de alface e tomate com um molho ácido, um pote com cebola caramelizada e outro com o patê de foie gras. Esse patê era muito saboroso, mas por ser gorduroso, rapidamente fiquei com sensação de estar enjoado. A cebola caramelizada ameniza bastante essa sensação de enjoo na boca. Claro que não consegui comer tudo. Ao recolher o prato, o garçom perguntou se eu queria levar o patê de foie gras que estava sobrando. Até pensei em fazê-lo, por que o vidro era bem interessante para reutilizar, mas desisti sabendo que ainda iria caminhar muito. Na bolsa, poderia soltar gordura e fazer uma lambança. O gosto forte na boca exigia algo doce, mas não aguentaria comer uma sobremesa. A maioria dos restaurantes em Paris tem em seu cardápio o café gourmand. Nada mais é do que uma xícara de espresso acompanhado por sobremesas da casa em miniaturas. Assim, pedi um café gourmand (€ 7,20) e veio três docinhos ao lado da xícara: uma baba ao rum, um doce de chocolate branco, parecido com nosso brigadeiro de leite ninho, e uma tortinha recheada com pera. Todos bem feitos, pouco doces e na proporção exata. O café estava bem tirado, com espuminha por cima, em temperatura perfeita para aquele meio de tarde nublado e frio.
Restaurante: Cuisine & Confidences
Endereço: 170 Rue du Faubourg Saint-Honoré, Paris, França.
Web: http://cuisineetconfidences.fr/
Data: 08/05/2017, segunda-feira, almoço.
Valor total da conta: € 70, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 6.

domingo, 20 de agosto de 2017

4ª REUNIÃO - CONFRARIA BEAGÁ

Depois de alguns adiamentos, a Confraria Beagá conseguiu, enfim, se reunir pela quarta vez. Foi na noite de 01º de agosto de 2017, no apartamento de Leo e Gastón. Estava completa, com os confrades: Leo, Emi, Rogério, Marcelo, Sônia e Luís Fernando. Eis os vinhos da noite, cujo tema foi "Estados Unidos":

Vinho 1Sonoma County

Safra 2012, com 14,8% de gradação alcoólica, elaborado com 100% de uvas zinfandel pela Seghesio Family, na região de Sonoma Valley, Califórnia, Estados Unidos. Na taça, revelou uma cor rubi, enquanto que no nariz, os confrades sentiram frutas vermelhas e negras bem maduras. Na boca, é adocicado, com leve amargor ao final. É importado para o Brasil pela Mistral, custando R$ 237,66. Estagia doze meses em barricas de carvalho, sendo 75% de origem americana e 25% de origem francesa. Tem potencial de guarda de cinco a dez anos. Harmoniza bem com estofados, assados, cozidos, carnes grelhadas, cordeiro. Foi o campeão da noite, sendo o preferido por todos os confrades, alcançando, assim, a unanimidade.

Vinho 2Caymus Conundrum 25th Aniversary

Safra 2013, com 14,2% de gradação alcoólica. Seu corte é mantido em segredo, não se conhecendo as castas que entram em sua elaboração. Produzido pela vinícola Caymus na região do Napa Valley, Califórnia, Estados Unidos. Na taça, revelou cor rubi, com reflexos púrpura. No nariz, os confrades sentiram compota de frutas vermelhas, baunilha, caramelo e calda de açúcar queimado. Na boca, bem é frutado, tem baunilha. A ponta da língua fica pinicando. O sabor é efêmero, desaparece rapidamente da boca. É importado para o Brasil pela Mistral, custando R$ 210,00. Estagia em barricas de carvalho. Seu potencial de guarda é de cinco a dez anos.

Vinho 3Hedges CMS

Safra 2010, com 13,5% de álcool, elaborado com 48% de cabernet sauvignon, 40% de merlot e 12% de syrah, por Hedges Family Estate na região de Columbia Valley, Washington, Estados Unidos. Cor rubi, caminhando para granada. No nariz, sentimos couro, curtume, vinagre, oxidado, baunilha. Na boca, pica na ponta da língua, deixando a sensação de ter comido jambu. É importado para o Brasil pela Mistral, custando R$ 175,45.

Terminada a degustação, teve início o jantar, composto de quatro etapas. Durante o jantar, tomamos o vinho americano Parducci, produzido pela vinícola Mendocino na região da Califórnia, safra 2011, elaborado com 100% pinot noir e tendo 13,5% de álcool. Custou R$ 91,00 na Mistral. Ainda abrimos uma garrafa, que havia sobrado da terceira reunião, do vinho português Adega de Borba Reserva, produzido na região do Alentejo, Portugal, pela Adega Cooperativa de Borba, safra 2013, elaborado com as uvas aragonez, trincadeira, castelão e alicante bouschet, tendo 13,5% de álcool. Custou R$ 94,80 na Super Adega.


Eis nosso jantar, preparado pelo argentino Chef Gastón Almada:
Amuse bouche: torresmo de barriga de porco, maionese de piri-piri, quiabo e mostarda de cassis. No prato, gotas de pesto de rúcula.
Entrada: salmorejo, burrata e pesto de rúcula.
Principal: barriga de porco assada, quiabo grelhado e purê de couve-flor.
Sobremesa: cheese cake desconstruído de chocolate branco com calda de framboesa.


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

MAISON DE GYROS

A experiência: Paris é lotada de pequenas lanchonetes que vendem aqueles sanduíches gregos, cujas carnes ficam rodando em um grande espeto à vista dos que passam em frente. Decidimos comer em uma destas lanchonetes no domingo à noite. Perto do hotel em que estávamos, havia mais de uma dezena destas lanchonetes. Andamos pelas ruas do 5º arrondissement e nos divertimos muito, pois em cada local que parávamos para ver o cardápio ou o espetão, alguém nos chamava para entrar e experimentar o sanduíche, sempre dizendo que o dele era o melhor da cidade. Escolhemos o Maison de Gyros. Uma senhora nos atendeu na porta dizendo que não nos arrependeríamos de comer ali. Lugar pequeno, apertado e cheio. Ficamos em uma mesinha encostada em uma pilastra. Cardápio com foco nos sanduíches, todos eles acompanhados por fritas e salada verde. Ponto positivo do local: eles não enganam o cliente em relação às carnes. A mulher nos disse que para manter o preço baixo, a carne utilizada no espeto grego era apenas de frango. Resolvi experimentar o sanduíche feito com linguiça que é feita no norte da África, especialmente no Marrocos, e que ficou popular na França, o merguez (€ 7), Para beber, pedi uma lata de 330 ml de Fanta Laranja (€ 2), que repeti a dose durante a refeição. Eles montam o sanduíche muito rápido, que é servido em um prato. Um pão pita grande, feito na casa, fresco, foi colocado por cima de três pedaços de linguiça feita à base de carne de cordeiro, abundantes fritas e um pouco de salada picada com rodelas de tomate. Linguiça bem temperada, que casou bem com o pão. Bom e barato. Ao sair, resolvemos tomar um sorvete na loja Amorino, que fica na mesma rua.
Restaurante: Maison de Gyros
Endereço: 23 Rue de La Harpe, Paris, França.
Data: 07/05/2017, domingo, jantar.
Valor total da conta: € 21, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 7.

LE REST'O

A experiência: era domingo de eleição presidencial na França. Resolvemos passar o dia bem longe dos locais mais agitados, pois o clima de tensão no ar era grande, com muitos militares nas ruas, protegendo os principais pontos turísticos de Paris. Fomos para La Villette, onde há muito para ver e fazer. Na hora do almoço, optamos por almoçar no Le Rest'O, um restaurante que fica dentro do espaço conhecido como Cité des Sciences et Industrie. Não tínhamos muito tempo, pois compramos entradas para dois filmes na La Geóde. Fila de espera, mas sem ninguém para controlar. Um jovem casal com dois meninos pequenos tentou passar na frente, mas logo foi impedido por pessoas que estavam há mais tempo na fila. O salão é grande, com espaço considerável entre as mesas. Os garçons estavam frenéticos de um lado para o outro. Já eram 14:15 horas. As mesas foram esvaziando, mas ninguém as limpava. Foi preciso o primeiro da fila reclamar para que um senhor que nos pareceu o gerente ordenar uma limpeza meia boca nas mesas e acomodar todos que estavam esperando em pé na porta do restaurante. Nós fomos colocados em uma mesa próxima à saída/entrada da cozinha. O estresse dos garçons era visível. O gerente nos disse que tinha faltado gente para trabalhar. Perguntei qual era o prato de mais saída. Resposta imediata: o hambúrguer. Vimos vários deles sendo servidos. Resolvemos acatar, fazendo o mesmo pedido, ou seja 2 hambúrgueres que levam o nome da casa: Rest'O Burger (€ 15 cada um). Para beber, pedimos dois copos de Orangina (€ 3,80). Não era copo servido naquelas máquinas de refrigerantes, mas sim servido de uma garrafa pet de 2 litros. Resultado: quando chegou à mesa estava sem gás. Os sanduíches demoraram tanto que reclamei com o gerente. Após esta reclamação, os dois hambúrgueres chegaram rapidinho. O empratamento era bonito, sendo servido em uma pedra negra. Sanduíche ao centro, ladeado por uma salada de alface e tomate; e por um cesto de fritas cortadas em palitos grossos. A salada estava com ingredientes frescos e tinha um molho levemente ácido muito bom. Fritas crocantes por fora e macias por dentro. O recheio do sanduíche tinha hambúrguer de carne bovina, bem temperado, servido rosadinho por dentro, como pedi; bacon defumado, que estava crocante; cebola roxa cortada em aros, e uma fatia de queijo cheddar. O pão, tipo brioche, era macio e segurou bem todo o recheio. Apesar do serviço confuso e lento, gostei do sanduíche.
Restaurante: Le Rest'O
Endereço: 30 Rue Corentin Cariou, Cité des Sciences et Industrie, La Villette, Paris, França.
Web: http://www.cite-sciences.fr/fr/infos-pratiques/restauration/
Data: 07/05/2017, domingo, almoço.
Valor total da conta: € 38, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 6.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

BRASSERIE LIP

A experiência: após um longo dia passeando por Paris, decidimos jantar perto do hotel, sem ter que fazer deslocamentos utilizando o transporte público ou táxi. Há muito ouço dizer do Brasserie Lip, um restaurante tradicional, com mais de 130 anos de existência, que figura em vários guias da cidade. Não era longe de onde estávamos hospedados. Fomos caminhando pelo Boulevard Saint-Germain. Chegamos ao restaurante às 21:50 horas. Ao entrar, um garçom perguntou se tínhamos reserva. Não tínhamos, mas havia muito lugar vazio no amplo salão do local, que tem decoração pesada, com muitos espelhos na parede. Pedimos mesa para dois. O garçom nos mostrou uma escada ao fundo, dizendo para subir, que havia mesa disponível no segundo piso. Achei estranho, pois havia mesa limpa e vazia ali no primeiro piso, mas seguimos a sua recomendação. O salão superior é menor, com mesas mais coladas umas nas outras, lugar comum nos restaurantes franceses. O maitre se dirigiu a nós e nos conduziu até uma mesa pequena à esquerda do salão. Perguntei se não poderia ficar em outra mesa, tão pequena quanto, só que no meio daquele ambiente. Resposta negativa. Para que eu pudesse me sentar no sofá que percorre toda a parede, ele puxou a mesa. Enquanto ele a puxava, dois turistas orientais aproveitaram para sair da mesa ao lado, uma mesa de canto. Assim que o maitre empurrou a nossa mesa novamente, eu a corri para o lado, pois queria espaço para eventual saída. Um outro garçom viu, me fuzilou com os olhos e colocou a nossa mesa no mesmo lugar de antes. Decidimos ir embora. Um terceiro garçom perguntou porque estávamos levantando. Respondi que queria espaço. Ele apontou a tal mesa do centro, a mesma que eu queria ter ficado desde o início, que nos foi negada pelo maitre, e nos acomodou nela. Passado este fato, veio o cardápio. Eu entendo o francês, mas não domino a língua suficientemente no quesito alimentação. Tive que chamar o garçom para perguntar algumas coisas.
Um prato me chamou a atenção, pois tinha cinco letras A em frente a ele no cardápio. Perguntei o que aquilo significava. Era um prato super recomendado, uma iguaria, uma especialidade da casa. Era o andouillette AAAAA grillée (€ 22,50). Não sabia o que era, estava sem rede no celular para consultar o oráculo Google, e no restaurante não há wi-fi. Tive que perguntar ao garçom, que tentou explicar, mas só entendi que era alguma coisa relacionada a porco. Então ele apontou para a barriga. Tanto eu, quanto meu companheiro, entendemos que era barriga de porco, prato que gosto muito. Pedi sem exitar. Meu companheiro escolheu um prato que tinha visto em uma das mesas, jarret de porc avec lentilles (€ 22,90). Decidimos também pedir entradas. Eu, uma terrine de campagne (€ 12,50). Ele, um tartare thon (€ 16). E para beber, uma garrafa de vinho tinto Crozes Hermitage Les Jales Paul Jaboulet Aîné, elaborado com a casta syrah, safra 2013 (€ 42). As entradas logo chegaram. Meu companheiro nem tocou na dele, pois o tartare de atum tinha muito pepino cru na sua base. Ele não gosta de pepino cru. Dei minha terrine para ele. Comi o tartare, mas não apreciei muito, pois estava impregnado de coentro, erva que não gosto, pois ela mascara todos os demais sabores. A terrine estava bem feita. Comi um pedacinho. Demorou para chegar o pedido principal. Quando o meu prato foi colocado em minha frente, achei diferente a "barriga de porco", pois estava servida em formato de salsicha, mais grossa, com a casca bem dourada. Acompanhava uma bem servida porção de batatas fritas. O prato de meu companheiro, um joelho de porco assado, servido com lentilhas, era bem servido, muito aromático. Assim que parti um pedaço da tal salsicha, um cheiro desagradável de merda penetrou em meu nariz. Meu companheiro também sentiu. Assim que vi o pedaço que estava espetado em meu garfo, percebi que não tinha entendido direito o gesto do garçom. Andouillette é tripa de porco. E fedia muito. Tirei as batatas do prato e pedi para levar aquela coisa fedorenta da mesa. O garçom tirou o prato com um leve sorriso nos lábios. Ainda experimentei o pedaço que estava no garfo, mas definitivamente o sabor era horrível. Bebi um bom gole de vinho para tirar aquele gosto da boca. Como o joelho de porco com lentilhas era bem servido, dividimos este prato, juntando a batata frita. A carne estava bem cozida, descolando fácil do osso, mas a pele era mole demais. Prefiro quando ela vem crocante. Para compensar, a lentilha estava ótima. Para finalizar, pedi uma baba au rhun (€ 11,90), sobremesa que não encontro facilmente nos restaurantes franceses do Brasil. Veio um mini panetone deitado em uma piscina de calda de rum. A bebida entranhou muito na massa, ficando insuportável para comer. Deixei quase tudo no prato. Pelo menos o vinho era bom. Para piorar a noite, a conta demorou muito a chegar. Coloquei um X enorme no Brasserie Lip. 
Restaurante: Brasserie Lip
Endereço: 151 Boulevard Saint-Germain, Paris, França.
Telefone: +33 1 45 48 53 91
Web: http://www.brasserielipp.fr/
Data: 06/05/2017, sábado, jantar.
Valor total da conta: € 130, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 4 (por causa da lentilha, pois do contrário seria menos).

FONTE

A experiência: trabalho no Centro de Belo Horizonte, onde as opções de almoço são enormes, mas com pouquíssimas cuja relação custo X benefício seja realmente boa. Colegas de trabalho me indicaram um restaurante de culinária macrobiótica. Fui com eles e gostei muito. Tanto é que fui pela terceira quinta-feira seguida ao Fonte, que fica em uma casa dentro da Vila Werneck, um local super agradável. Para entrar na vila, tem que tocar um interfone, onde o restaurante já está identificado. Desta vez, fui sozinho. O local é pequeno e está instalado na última casa da direita da rua à esquerda de quem entra. O Fonte funciona nesta vila desde 1977. Pratica, como já escrevi acima, a culinária macrobiótica, com alimentos orgânicos. Em todas as quintas-feiras em que fui havia duas opções de pratos: o fonte e o oriental, ambos sem proteína animal. Também às quintas, há um prato com tilápia preparada em duas formas: assada ou frita. Não há garçons. Você chega, vai direto ao caixa, faz sua escolha, informa seu nome e espera sentado ser chamado. A composição dos pratos está escrita em uma lousa branca que fica ao lado do caixa. Pedi o prato fonte, sem o arroz integral. Eles chamam esta variedade de complemento (R$ 16,00) e uma tilápia assada ao molho de laranja (R$ 14,00). Para beber, um refresco de banchá (R$ 6,00). Todas as mesas estavam ocupadas, mas ali ninguém se importa em dividir mesa. Fiquei esperando em uma mesa para quatro, dividindo-a com um casal de idosos. Em cinco minutos, chamaram meu nome. Busquei a bandeja na janelinha da cozinha, atrás do caixa, retornando para outra mesa, desta vez ocupada por apenas uma pessoa. No prato havia dois pedaços de abobrinha assada, recheada com tofu ralado, levemente temperado com tomatinho cereja, cujo sabor não me agradou muito, acho que faltou tempero na abobrinha; cenoura e bardana ralados em filos longos, que estavam em ponto crocante; acelga e agrião refogados, com sabor amargo no ponto correto; conserva de rabanete; e cozido de legumes com araruta. Em outro prato estava o filé de tilápia assada coberta por molho de laranja, acompanhada de alface cortada em tiras e uma salada bem refrescante. Gostei muito do cozido, estava bem temperado, e tinha cenoura, repolho, talos de couve-flor, além da araruta, uma raiz muito nutritiva e que é pouco utilizada na nossa culinária. O peixe também foi outro destaque, pela textura, pelo cozimento, e pelo tempero. O molho de laranja era leve, sem agredir o sabor da tilápia. O refresco, chamado de refuresco, é realmente refrescante, especialmente se tomado em dias quentes. Eu sempre como muito rápido, mas ali no Fonte, vendo as pessoas sem pressa alguma, acabo por ser contagiado, comendo mais pausadamente. Na mesa em que me sentei havia um homem que sempre almoça ali. Ele puxou conversa e batemos um ótimo papo sobre o restaurante e a Vila Werneck. O fato de ela estar no centro da cidade contrasta com o ritmo intenso deste mesmo centro, já que é um local tranquilo, gostoso de ficar. Assim que as pessoas terminam de almoçar, elas levam a bandeja com os pratos sujos até uma outra janela, onde os empregados, sempre sorridentes, a recebem para lavá-las. Já escrevi que não sou adepto a este tipo de "faça você mesmo", pois isto retira postos de trabalho. Eu ia deixar minha bandeja na mesa, mas o homem com quem fiquei conversando se ofereceu gentilmente para levar a minha junto com a dele. Aceitei, agradecendo. Para pagar, com a comanda na mão (que lhe é devolvida quando você pega o prato com sua escolha), fui novamente ao caixa. Tudo simples e rápido. Ainda ganhei mais uma assinatura no meu cartão fidelidade. Completando dez refeições acima de R$ 25,00, o cliente assíduo ganha uma refeição de até R$ 30,00.
Restaurante: Fonte de Minas
Endereço: Rua Guajajaras, 619, Casa 13, Vila Werneck, Centro, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3224 9630
Data: 17/08/2017, quinta-feira, almoço.
Valor total da conta: R$ 36,00. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 8.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

LA CHAUMIÈRE EN L'ILE


A experiência: era sábado, dia 06 de maio. Chovia em Paris. Depois de enfrentar uma fila enorme, que andou rápido, para entrar na Catedral Notre Dame, desistimos de entrar em outra fila para subir na sua torre. Tínhamos fome. Resolvemos almoçar ali por perto. Alguns metros e alcançamos a Ponte Saint-Louis, que dá acesso à ilha de mesmo nome. Na esquina da direita, terminada a ponte, está o restaurante La Chaumière en L'ile. A chuva apertou. Era ali mesmo que seria nosso almoço. A especialidade da casa é a tradicional cozinha francesa. Como na maioria dos restaurantes deste tipo de Paris, a calçada em frente é tomada por mesas e cadeiras com espaços diminutos entre elas. Fomos prontamente recebidos. Escolhemos uma mesa no pequeno salão interno, à esquerda de quem entra, espremida entre a parede e o balcão do bar. Não tivemos dúvida em eleger  a chamada formule: entrada, prato principal e sobremesa. Este menu custava  18,50. Para beber, escolhi uma garrafa de 330 ml do refrigerante local, Orangina (  5,50). Para quem não conhece, é um refrigerante à base de laranja, com coloração amarela, cujo sabor em nada lembra a nossa Fanta. Tem mais gosto da fruta. Dentre as opções apresentadas pelo garçom, escolhi os seguintes pratos da culinária francesa:
1) entrada: salade chèvre chaud - clássica salada de folhas verdes com um pequeno queijo de cabra quente no meio. Pedaços pequenos de nozes deram a crocância necessária ao prato. O queijo era de gosto suave, embora com aquele sabor marcante deste tipo de queijo. Bem feito.
2) prato principal: coq au vin - mais um clássico da gastronomia francesa, o famoso frango ao molho de vinho. Chegou rapidamente à mesa, tão logo terminamos nossas entradas. Era razoavelmente bem servido, mas achei a carne um pouco dura. Acompanhou o prato uma guarnição de batatas assadas, que estavam temperadas com ervas. Foi o melhor do prato.
3) sobremesa: tarte tatin - e tome clássico francês, desta feita a tortinha de maçã. Servida morna, tinha uma fina massa, que cumpriu a função de dar suporte ao portentoso recheio de maçã cozida. O melhor do almoço.
Durante a refeição, quatro pessoas foram acomodadas na única mesa que havia disponível no salão interno. Justamente ao nosso lado. Foi uma dificuldade para todos se acomodarem, pois não havia como eles se sentarem sem que nós nos levantássemos. O garçom foi bem gentil, ao perceber que iria interromper nossa refeição, levou os quatro comensais para dentro do bar, de onde acessaram a mesa pelo outro lado. Estávamos tão próximos que parecia uma única mesa. Como sói acontecer em Paris.
Terminei com um bem tirado café espresso ( 2,50).
Quando saímos, havia fila de espera, com mais de dez pessoas aguardando sua vez para também almoçar.
Restaurante: La Chaumière en L'ile
Endereço: 4 Rue Jean du Bellay, ile Saint-Louis, Paris, França.
Telefone: +33 1 43 54 27 34
Data: 06/05/2017, sábado, almoço.
Valor total da conta: € 55, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 7.
Observação: a foto que ilustra esta postagem não é de minha autoria, pois meu celular ficou sem bateria pouco antes de irmos para o restaurante. Baixei do site http://www.isl-paris.com.